segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Punk's not dead (?)

Vou começar esse texto homenageando um parceiro de luta,assassinado a facadas em setembro de 2011 por fascistas e neo-nazistas:
"Êra Jhoni - Antifa sempre!"
Quero,no desenrolar do meu argumento,abordar temas que ntem sido caros para mim,senão engessando a cena punk paulistana;
* O curriculum

Isso mesmo,alguns punk's "lendários" da cena,se sentem no direito de exigir satisfação,como se portassem o GRAAL da ideologia libertária.Querem saber quanto tempo de rolê,qual quebrada,quem você conhece,quais bandas escuta ... exibem suas cicatrizes e ematomas como se fossem medalhas.E apartir disso,decidem quem é ou não competente para ingressar na cena.
Esses são os Harry Porter punk's.

*Anti-gênero

Esse termo,que a priori parece interessante é,a meu ver um tanto nonsense.
Seria estranho por exemplo,lutar contra a homofobia sendo adepto dessa filosofia,posto que para ser homossexual é necessário uma relação entre pessoas de gêneros iguais.Bom,acredito não ser necessário nenhum outro exemplo.

*O sectarismo

Esse é um problema de mediocridade.MESMO!!
Qualquer zé mané com o mínimo conhecimento musical sabe que skinhead não tem NADA a ver com nacionalismo e tampouco com supremacia racial.Mas mesmo assim tem pessoas(inclusive formadores de opinião)que reforçam o esteriótipo cunhado pela imprensa e reproduzem no dia-a-dia essa bizarrice.
Ao invés de uma união antifascista,os sectários preferem profetizar uma falsa união entre punk's (unica e exclusivamente),como se fossem eles os libertários.
Enquanto isso,fascistas e neo-nazistas andam juntos e assassinam punk's,gay's,negros,pessoas em situação de rua,nordestinos,etc...

Se após ler isso,você insistir em ser punk,ou pior,militante antifascista ... Boa sorte e bem vindo ao caos!!!

Danilo H. - Frente Antifascista

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

USP - um caso de polícia.

A expulssão de 9 ocupantes no DCE(USP),feita polícia militar paulista,além de por fim a um projeto de revitalização do espaço e promoção de atividades pedagógicas,é também o reflexo de uma legislação caduca;de uma manobra muito bem articulada pela base conservadora;de uma esquerda dividida e de movimentos sociais que apenas reproduzem essa desordem institucionalizada.
O abuso cometido pelos policiais só foi possível pelo convênio feito com a pm pelo por hora reitor João Grandino Rodas,que por sua vez(o convênio) só foi legitimado graças a um regimento interno(isso mesmo,a USP é uma instituição oligárquica)assinado por Luís Antônio da Gama e Silva,o mesmo que assinou o AI-5.
Ainda assim,em redes virtuais aparecem demonstrações de apoio a essas medidas de "segurança",incentivando a privatização da universidade(proposta pela atual gestão).Essa articulação da base conservadora e militarista com ares neo-liberais não é novidade no cenário político internacional,mas o que testemunhamos aqui é:-o uso do aparato estatal,do dinheiro do contribuinte,da influência e aparelhamento da academia para criminalizar movimentos sociais e/ou apartidários.
O grau de insanidade é tão alto que chegaram a incluir em uma lista de objetos supostamente roubados por alunos que ocupavam a reitoria no final do ano de 2011,12 toneladas de alimentos.Dos alunos envolvidos nesse processo 6 foram expulsos da universidade e alguns ainda continuam presos.
Enquanto isso "movimentos progressistas" financiados por legendas de esquerda,recheados de interesses politiqueiros nada fazem.
É urgente uma resposta das autoridades,dos intelectuais,dos alunos e da sociedade civíl.O DCE deve ser devolvido aos alunos;nenhum prédio do CRUSP deverá ser demolido e os mesmos devem servir de residência para os estudantes e não para abrigar secretarias da universidade;a circulação nas dependências do campus deve ser livre a qualquer hora e a qualquer dia da semana para todo e qualquer cidadão;a USP não pode,em hipótese alguma ser privatizada e a PM tem que sair imediatamente.
Além disso,é necessária uma reforma na educação a nível nacional,criando condições para que alunos do ensino fundamental e médio da rede pública tenham condições equivalentes de competir com os mesmos alunos da rede privada.Caso contrário estaremos caminhando no sentido mais fascista e obscuro das engenharias sociais.

Danilo H. - Frente Antifascista