segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nota sobre Ato Contra Miséria - 20/08/2011
















Com a queda nas temperaturas,centenas de pessoas em situação de rua não tendo onde se abrigar,ou mesmo sem condições psicológicas de procurar abrigo,acabam falecendo por hipotermia.Nós,da "Ação Antifascista",organizamos nesse último sábado um multirão para arrecadar agasalhos e distribuir para essas pessoas,nas ruas de São Paulo,na tentativa de estimular a solidariedade,mas devido ao tempo chuvoso,não teve uma participação muito expressiva.Mesmo assim,conseguimos arrecadar uma quantidade razoável de agasalhos e fomos até ao Lgo São Francisco (em frente à faculdade de direito da USP),e lá distribuímos às pessoas que lá se encontravam.Apelamos para que a sociedade de maneira geral se sensibilize e faça o mesmo,próximo as suas residências também existem pessoas nas mesmas condições e precisam de sua ajuda.Doe aquela blusa que você não usa mais,salve uma vida!
Incentive a solidariedade.

Danilo Henrique - Frente Antifascista.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A cena muda?

"Se não posso dançar,não é minha revolução" -Emma Goldman

Esse seguinte ensaio,tem como objetivo fazer um recorte do que está sendo e de como penso que deveria ser a cena antifascista realmente libertária.
A um certo tempo,venho participando da organização e da luta antifascista na cidade de São Paulo,unindo punks,skinheads e anarquista,em torno de um ideal em comum,combater as organizações de intolerância neo-nazistas e nacionalistas.O uso de violência é quase um consenso,quando a ideia de combate é colocada em pauta,mas nem todos estão realmente interessados em atuar dessa maneira,e na verdade,nem sei se essa seria a melhor estratégia para combater o real problema.Vejamos porque:
Os grupos de intolerância,conseguiram ao longo do tempo,imputar à cena skinhead um paradigma equivocado,fazendo parecer que a própria cultura tenha nascido de um ideal racista,machista e violento,quando na verdade ela surge nos bairro operários londrinos,influenciados pelo SKA jamaicano.Era um movimento exclusivamente musical e comportamental,e não tinha nenhuma pretensão política.A mesma coisa era a cena punk,que surgiu de uma necessidade de subverter o status quo musical de uma determinada época,e,fora sua radicalidade estética,não possuía também,um suporte ideológico determinado.
Quando esses grupos de intolerância começaram a ganhar visibilidade e perseguir grupos sociais específicos,também começou a pipocar grupos organizados para combater o que seria (e continua sendo) uma ameaça as liberdades individuais e coletivas.Desde então,iniciou-se uma guerra silenciosa,mas que tem feito inúmeras vítimas,tanto emocionais como fatais,e nesse cenário de horrores,ainda não conseguimos encontrar uma estratégia realmente eficiente para inverter a situação.
Muitas das pessoas inseridas na cena,estão pouco acostumadas a refletir se suas atitudes realmente surtem resultados positivos.E as vezes nem me parece que esta é realmente a intenção de alguns,pois o fato de "pertencer" a certo grupo e quase que mais importante do que a própria postura política que esse grupo representa,ou nem mesmo estão interessados em saber se existe essa postura.Assim,acabam colaborando ainda mais com o estigma que a sociedade tem sobre a cultura em que ele está inserido.
Contudo,acredito ser importante para todos os engajados na emancipação das liberdades e no fim do obscurantismo fascista,demonstrar através da conscientização,de apresentar as propostas libertárias de forma contundente e acima de tudo ética.Eu entendo a liberdade como algo que seja de direito inalienável,e todos,sem exceção,buscamos a felicidade.Se é essa a nossa luta,façamos diferente.Deixemos a violência em segundo plano,numa provável emergência,e celebremos a vida,em sua plenitude.

Danilo Henrique - Frente Antifascista.

domingo, 14 de agosto de 2011

Desafios na luta antifascista:

Me sinto na obrigação de escrever esse artigo,pois não é tão simples assim lutar contra o obscurantismo fascista no brasil.
Ao longo de muitos anos,os movimentos libertários,punk's e skinheads sofrem deturpação midiática e são marginalizados,afim de "preservar"o status quo governista.E com isso,a sociedade acaba acreditando que a suposta marginalidade real e não percebem(e muitas vezes nem se quer tentam entender) qual a nossa real luta.
Alguns "punk's" e "skinheads" também colaboram com esse estigma,quando criam gangues e saem pelas ruas fazendo bobagem,isso é fato,mas a grande maioria é politizada e luta pelos direitos dos trabalhadores e minorias (meu caso,por exemplo),mas acabam sendo reprimidos pela polícia do estado,pois para esse,representamos ameaça.
Para o cidadão comum,fica difícil diferenciar um skinhead de um white power ou careca,pois visualmente são muito parecidos,mas os símbolos e ideologias dos mesmos são o extremo oposto,portando,não deveria ser noticiado casos de agressão a nordestinos,negros,homossexuais e moradores de rua relacionando skinheads,mas à gangues de intolerância neo-nazistas.Pois,imagino que um repórter tenha cultura suficiente para saber distinguir essas diferenças,ou pelo menos deveria.Assim,eu não teria sido agredido por nordestinos quando voltava de um evento antifascista na USP,e nem estaria com o rosto,costa e pernas cheios de hematomas(além do meu braço,que já estava quebrado e agora está inchado por causa dos chutes e pauladas.
Nossa luta é contra esses grupos,nós denunciamos e combatemos quem está atacando justamente esses que me espancaram.Não os culpo,pois são ignorantes e alienados,mas a quem recorrer num momento desses?À polícia,que nos odeia?Ao estado,que nos marginaliza?À imprensa,que serve aos interesses do estado burguês?
Temos que pensar em estratégias de conscientização de massa,para que episódios como o que aconteceu comigo não se tornem comuns ou frequentes.
Não quero ter que fugir de quem eu defendo,pois meu inimigo já é bastante forte.

Danilo Henrique - Frente Antifascista!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Nota sobre Anonymous-São Paulo

Escrevo essa nota,em tom de impressão estritamente pessoal,mas com certas evidências.
À algum tempo,venho acompanhando as "ações" desse grupo,que a princípio me pareceu com boas ideias e com forte iniciativa na rede virtual.Conquistando a simpatia de muitos anarquistas,eles divulgavam vídeos "anti-capitalistas",ou pelo menos contra o sistema monetário em vigência.Alguns conhecidos e amigos começaram a participar de forma mais articulada com esse grupo,por meio de grupos de email,e marcando presença em algumas manifestações contra o governo atual.Aí é que eu achei um tanto quanto contraditório ou suspeito,vou explicar o porque.
Em suas críticas à corrupção,esse grupo privilegia acusações contra governos socialistas e/ou social democratas (não que eu seja simpatizante desses tipos de governo) e em momento algum os mesmos criticavam,por exemplo,governos liberais e conservadores.Apoiavam hacker's que derrubam sites dos mesmos governos,mas não incentivavam a derrubada de sites que veiculam propaganda fascista e/ou neo-nazistas.E pasmem,ao questionar esse tipo de posicionamento,alguns de seus adeptos me disseram que o tal grupo é "aberto a todo e qualquer indivíduo inconformado com o status quo atual da sociedade".Mas peraê...esses indivíduos só estão inconformados com esse atual governo (PT)?Eles não estão indignados,por exemplo,com a mesa legislativa conservadora,que impede ou boicota leis que promovem o "bem estar social"?Que garantam segurança e punam crimes contra minorias?Que monopolizam setores de desenvolvimento social?Que tipo de "abertura" é essa que não diológa com nenhuma outra corrente ideológica,que não a do interesse de direitistas reacionários?
Essas dúvidas,ao menos para mim foram esclarecidas,após publicar esse questionamento em um grupo que eu administro no facebook,e em seguida apareceu em meu outro blog a seguinte mensagem(segue o print):

O corpo da mensagem é de ameaça a minha pessoa.Não sei se está legível,portanto,vou transcrever aqui as partes que acho mais importantes:
-"Que ridículo seu texto.Anonymous está de olho em vc."
-"Não esquecemos
Não perdoamos
Nos aguarde".

Posto isso,quero que reflitam;quem são esses "anonymous"?Ou melhor,quem está por trás desses "anonymous"?Como uma "organização",que do nada,aparece com tanta visibilidade,mas sem ter feito algo realmente útil para a sociedade?Os interesses de quem,esse grupo está defendendo?
Não quero parecer caluniador,nem tampouco espero que concordem comigo,apenas reflitam.
Abraços libertários!
Danilo Henrique - Frente Antifascista.